JOGADA ENSAIADA Polícia Federal cumpre mandados em Campina e suspeito atira celular pela janela pra “queimar” provas
O escândalo da manipulação de jogos de futebol volta a agitar a Paraíba. A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta (09/08), a 2ª fase da Operação Jogada Ensaiada, para desarticular um suposto esquema criminoso que estaria operando para manipular resultados dos jogos, que teria movimentado perto de R$ 11 milhões.
A força-tarefa da operação cumpriu 12 mandados de buscas contra um dos alvos em Campina Grande. Ao perceber a presença dos policiais, o suspeito chegou a jogar seu celular pela janela, para evitar sua apreensão. Mas, a Polícia revelou ter recuperado o aparelho, onde constaria informações sobre a atuação do esquema.
Também houve o cumprimento de mandados em Aracaju (SE), Araguaina (TO), Assu (RN), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Fortaleza (CE), Igarassu (PE), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Sumaré (SP). Equipes policiais estão nas casas de empresários, jogadores de futebol e apostadores envolvidos no esquema.
Segundo a PF, o fraudador aliciava técnicos, dirigentes e principalmente jogadores para influenciar nos resultados. O papel do dirigente era contratar treinadores que já estavam acostumados a participar desse tipo de esquema. Por sua vez, os treinadores indicavam atletas também envolvidos nesse tipo de prática.
Histórico – A operação, que teve a 1ª fase foi deflagrada em outubro de 2022, objetivou investigar fraudes no futebol sergipano. Entretanto, a análise do material apreendido acabou revelando um esquema muito maior, de âmbito nacional.
Foram identificados diálogos nos quais empresários (representantes de jogadores), apostadores e dirigentes combinavam manipulação de resultados de partidas de futebol com objetivo de obter ganhos ilícitos em sites de apostas.
Até o momento, foram identificadas manipulações em jogos de diversos campeonatos estaduais e nos campeonatos brasileiros das séries D e C. Os investigados responderão por crimes previstos na lei geral do esporte e organização criminosa.
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