Justiça tarda, falha e altera bancada na Assembleia
Isso é no que dá a judicialização das eleições no País. A Justiça bem que poderia fazer sua parte dentro dos prazos legais. Resultado: quase dois anos depois, a composição da Assembleia vai mudar, após essa decisão de tornar válidos os votos do ex-candidato Bado, do PMDB.
Com isso, o deputado Genival Matias (PTdoB) deverá perder o mandato e Carlos Dunga, voltar ao parlamento. Bem que a Justiça poderia ter deliberado, dentro do período eleitoral, para evitar esse tipo de distorção. Aliás, já havia ocorrido antes com o senador Cássio Cunha Lima também.
Era bem mais simples declarar regras mais claras, sinalizando quem pode ser candidato e quem não pode e, obviamente, dar prioridade a esses casos de registros de candidaturas pendentes. Evitaria atropelos para todos e, especialmente, para a democracia.
Aliás, ainda para o bem da democracia, o TSE deveria definir com antecedência se haverá a aplicação da Lei da Ficha Limpa nas eleições de 2014, porque o que se percebe é uma conspiração em setores do Judiciário contra essa lei, porque de autoria da população.
Também deveria definir, logo, quem será atingido, se é que a lei será aplicada em 2014. Assim, ficaria claro aos olhos dos paraibanos se, por exemplo, o senador Cássio pode ser candidato a governador. Porque, pelo entendimento dele, pode.
Agora, só pra arrematar: a família Matias anda sem sorte. Dia 7, o prefeito de Juazeirinho, Bevilacqua, irmão de Genival, perdeu o mandato nas urnas. Agora, o próprio perde no tapetão.