Lei da mordaça no Porto: presidente das Docas proíbe servidores de entrar com celulares após veiculação de imagens mostrando sucateamento
O clima é cada vez mais pesado nas Docas de Cabedelo. Após denúncias dos sindicatos de abandono e sucateamento do Porto, e a ação milionária movida pelo ex-presidente e atual secretário de Estado, Wilbur Jácome (Desenvolvimento), para receber perto de meio milhão de reais, a diretora-presidente Gilmara Temóteo decidiu decretar a lei da mordaça contra os servidores.
Em portaria (nº 055/2016), a presidente deliberou a proibição da entrada dos servidores ou dirigentes portando aparelhos celulares, câmeras fotográficas ou filmadoras ”ou qualquer outro aparelho similar na área primária/operacional do Porto”. A ideia é, efetivamente, evitar que imagens com as atuais condições das Docas possam vazar para a Imprensa e serem divulgadas.
Gilmara adverte, em sua portaria, que o descumprimento dessa determinação acarretará nas seguintes sanções: deletar as fotos ou vídeos porventura realizados, advertência verbal ou escrita, retirada do “infrator” da área (com auxílio da Polícia?) e até a suspensão de nova entrada na área primária/operacional do Porto pelo prazo de 30 dias.
Há revolta entre os portuários com mais essa decisão da direção das Docas, conforme um representante da Intersindical declarou ao Blog: “Eles estão querendo esconder o quadro de abandono e sucateamento do Porto, para que a população não tome conhecimento.”