LOURDES SE FOI Paraíba perde mais uma de suas maiores referências literárias
A Paraíba, que já havia perdido um de seus maiores ícones literários com a morte de Ariano Suassuna, perde agora mais um: a dramaturga Lourdes Ramalho. A obra de Lourdes, apesar de pouco conhecida pelas gerações mais contemporâneas, é de uma genialidade impar. Singular em sua escrita, arrebatadora nas emoções que sabia despertar.
Lourdes, é verdade, não nasceu na Paraíba. Era do Rio Grande do Norte. Mas, adotou Campina Grande como sua pátria, desde jovem. Tinha o espírito criativo do paraibano. Era a representação do pensamento nordestino em sua essência. Era ibericamente nordestina.
Conhecida por peças teatrais como “As velhas”, “Fogo fátuo” e “A feira”, dentre as mais destacadas, Lourdes Ramalho também produziu literatura infantil e, como pesquisadora, foi considerada uma das referências mundiais da obra do escritor espanhol Federico García Lorca.
Pode parecer lugar comum, mas Lourdes deixa uma lacuna difícil de ser preenchida.
Escola – O vereador João Dantas, ativista cultura, ator e diretor e um dos maiores entusiastas da obra de Lourdes decidiu apresentar projeto de lei, esta segunda (dia 9), denominando de Escritora Lourdes Ramalho, uma das novas escolas a serem inauguradas no Complexo Aluísio Campos: “Foi ela quem me iniciei na dramaturgia. Em mais de seis décadas de dedicação apaixonada pelo universo do teatro, assinou dezenas de textos teatrais, nos mais variados gêneros.”