Lula articula união das oposições na Paraíba
O sinal já veio de Brasília para algumas lideranças do Estado. A operação foi desencadeada, depois que a ex-ministra Marina Silva se filiou ao PSB do governador Eduardo Campos. Foi quando o ex-presidente Lula decidiu entrar em ação. De um lado, a ideia é isolar a candidatura de Campos nos Estados, de outro, unir a base aliada.
A decisão foi tomada no final de semana, em Brasília, informa um petista ao Blog. Lula passou a contatar várias lideranças da oposição no Estado, especialmente de PMDB, PP, PTB e PSC. A meta é construir, rapidamente, um palanque para a presidente Dilma na Paraíba, a exemplo que irá ocorrer em outros Estados.
Aécio Neves, como se sabe, terá um palanque com o senador Cássio Cunha Lima, ou com o governador Ricardo Coutinho na hipótese de Cássio não ser candidato e manter a aliança com o PSB. Já o governador Campos terá palanque com Ricardo Coutinho. Mas, Dilma corre o risco de ter um palanque fragmentado com a divisão das oposições.
Há a convicção de que o PT não tem nome forte o suficiente para disputar o Governo do Estado em 2014, então o partido fatalmente terá de se compor para apoiar candidato de outra legenda. A dúvida seria: é melhor apoiar o candidato lançado pelo PMDB, parceiro preferencial do PT, ou construir um quadro entre os demais partidos aliados?
Essa é a discussão que tem ocorrido nos bastidores da operação comandada por Lula. Pesa a favor do PMDB o fato de já ter um candidato lançado e da dependência que o PT tem do partido hoje. Mas, há os que defendem um nome novo, sem arranhões na biografia. O que, convenhamos, não é fácil. De qualquer forma, não se pode desmerecer a capacidade de articulação do ex-presidente Lula.
De permeio, é bom não esquecer, está a articulação em torno do senador Vital Filho para o Ministério da Integração Nacional. E é possível que as duas operações estejam intrinsicamente relacionadas.