LUZ AMARELA Policiais resistem contra ameaça do Governo, devolvem coletes vencidos e paralisam atividades
Os policiais civis da Paraíba promovem, nesta quarta (dia 27), uma paralisação de advertência de 24 horas, e ainda realizam em forma de protesto a entrega de coletes vencidos (desde agosto de 2016), em manifestação realizada na Praça João Pessoa, em frente ao Palácio da Redenção. Nas últimas horas, a Secretaria de Segurança tentou impedir o movimento, mas os policiais resistiram.
Segundo a Aspol, o protesto é uma reação contra o tratamento dispensado pelo Governo do Estado à categoria, que também denuncia ter “os piores salários do País”. A Aspol já havia denunciado que “alguns dos delegados que estão na gestão e são dirigentes de entidade classista estão colocando policiais em desvio de função, e a recusa dos investigadores tem sido respondida com assédio moral e transferências injustificadas.”
CONFIRA DETERMINAÇÃO DO COMANDO DA POLICIA CIVIL…
CONFIRA A ÍNTEGRA DA NOTA DA ASPOL…
“Em razão do Ofício Circular n. 30/2017 da Delegacia Geral da Polícia Civil, cumpre esclarecer e pontuar o seguinte:
- A Delegacia Geral tem tratado nossa paralisação como sendo um “movimento grevista”, o que não se pode confundir. Isso porque a paralisação não possui caráter duradouro, elemento essencial para configurar-se uma greve. Logo, indevido qualquer entendimento que venha a confundir os dois institutos;
- A paralisação que se avizinha foi comunicada com antecedência à Delegacia Geral, em nítida demonstração de boa-fé que deve nortear a atividade policial, independentemente do cargo ou da posição ocupado pelos integrantes da Polícia Civil;
- “O comportamento adotado pela Delegacia Geral, órgão policial comandado por cerca de 10% dos policiais civis, revela-se equivocado”, na medida em que os mais idôneos índices demonstram que mesmo sendo a categoria dos investigadores paraibanos o menos remunerado entre os Estados-membros, consegue melhores os índices de resolução de crimes e diminuição de homicídios, negando aos policiais o direito líquido e certo de promoverem manifestação pacífica e sem caráter duradouro;
- Medidas como estas demonstram, inequivocamente, que determinados setores da Polícia Civil preferem fechar os olhos para os problemas estruturais que a classe enfrenta, tentando cercear gravemente a liberdade de manifestação dos servidores públicos;
- Desta forma, além de se mostrar inaplicável o entendimento formulado pela Delegacia Geral, uma vez não se tratar de movimento grevista, a ASPOL vem a informar que segue mantida a paralisação decidida por unanimidade em Assembleia Geral, exercendo seu sagrado e constitucional direito de lutar por dias melhores na Segurança Pública paraibana.”