MADE IN PARAÍBA Pesquisador ganha destaque nacional pela promoção de evento sobre arte e tecnologia
O paraibano Francisco de Paula Barreto é apaixonado por arte e tecnologia, e acaba de ganhar destaque nacional pela criação e a promoção da 3ª edição do Immersphere (Festival Internacional de Mídias Imersivas e Fulldome).
Ex-bolsista da Capes (em doutorado na Universidade de Brasília), Barreto tem se dedica ao estudo da arte digital, interatividade e interação humano/computador sob a perspectiva artística.
Em entrevista ao portal da Capes, Barreto afirma que a inspiração para a criação do evento surgiu “de uma paixão pessoal pela ideia de imersão, ou seja, por estar imerso, envolto em algo que faz perder a noção do tempo e do espaço, e pela memória viva que eu tinha do Planetário de Brasília.”
Nesta edição de 2024, o festival traz uma mostra competitiva, filmes de 10 países, obras interativas, oficinas e painéis para repensar o uso da tecnologia. As obras da mostra também foram projetadas no Planetário do Universidade Federal da Bahia. (mais em https://www.facebook.com/immersphere/)
Segundo Barreto, o Brasil tem “um dos maiores mercados de games da América Latina, e essa indústria está muito ligada à questão da imersão, de certa forma. Então, o desenvolvimento de realidade virtual, realidade aumentada, óculos de realidade virtual, isso tudo tem uma interseção muito forte com a área de games”.
Pontuou: “Do ponto de vista artístico, temos aqui alguns polos de arte e tecnologia muito importantes em universidades como em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Brasília e em Goiânia. Suponho que o motivo é porque muitas dessas obras dialogam com questões e com tecnologias que estão no limiar do que está sendo descoberto.”
Barreto é filho do professor, escritor e ex-secretário Francisco de Paula Barreto, nasceu em João Pessoa, mas, atualmente reside em Nova Iorque: “Estava me sentindo desatualizado e precisava me atualizar em relação às ferramentas que estão surgindo, sobretudo no campo da inteligência artificial.”
Atualmente, também colabora com uma empresa chamada Flora, que é uma plataforma em que os artistas podem manipular modelos de IA para gerar vídeo, texto e som de uma maneira absolutamente facilitada.
Formação – É Bacharel em Ciências da Computação (2009), Mestre (2011) e Doutor em Arte e Tecnologia pelo PPG-Arte (2016), no programa de Pós Graduação em Artes pela Universidade de Brasília.
Também foi professor adjunto do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Prof. Milton Santos da Universidade Federal da Bahia. Tem experiência na área da Arte Computacional e da Inteligência Artificial, com ênfase no desenvolvimento de sistemas autopoiéticos capazes de gerar resultados emergentes.
Por fim, se define como geek, músico, DJ, entusiasta de novas tecnologias, como Arte Computacional, Inteligência Artificial, Emergência, Autopoiesis, Criatividade Computacional e Cognição.