Mãe de Bruno Ernesto decide ir à PGR pela elucidação de crime: “A procuradora Raquel Dodge precisa saber de nossa dor”
A servidora Inês Moraes do Rego decidiu ir à Procuradoria-Geral da República, em Brasília, para acompanhar o andamento das investigações em torno do Inquérito nº 1.200, que tramita no Superior Tribunal de Justiça, e tem como relator o ministro Félix Fischer. Segundo Inês, esse processo trata do assassinato de seu filho, Bruno Ernesto, ocorrido em fevereiro de 2012.
“Queremos que a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, tome conhecimento de nossa dor e do sofrimento de nossa família, desde a ocorrência do crime, especialmente ante os indícios de execução, e após termos descoberto que a arma e a munição utilizada no assassinato foram adquiridas pelo Governo do Estado. Nós estamos vivemos na incerteza permanente e todos sobressaltados”, disse Inês.
Inês e seu esposo, Ricardo, vêm tentando acesso aos autos, para saber como estão as investigações: “É muito angustiante pra gente não ter uma ideia precisa de como se encontram as diligências, e já se vão seis anos, sem uma elucidação e a punição dos eventuais responsáveis por esse crime. Só uma mãe pode saber o tamanho do sofrimento com a perda de um filho tão querido.”
Os autos, que já constam de três volumes e vários anexos, foram remetidos ao Ministério Público Federal (desde 11 de abril). O MPF deve emitir parecer, que pode ser pelo oferecimento de denúncia, novas diligências ou até mesmo o arquivamento do processo. Segundo o advogado Aluízio Filho, “a família entende que deve ter acesso aos autos, mas respeitamos qualquer decisão da Justiça”.
O mistério neste inquérito é que o governador Ricardo Coutinho, por uma razão ainda não explicada, peticionou nos autos (processo nº 2017/0211846-5), através do advogado Sheyner Asfóra, em 12 de setembro de 2017.