“Mais de 45 servidores do Ipep já morreram esperando decisão da Justiça”, lamenta sindicalista
“Mais de 45 funcionários do Ipep e PBPrev já morreram, nesses últimos seis anos, esperando por uma decisão da Justiça, nesse caso em que o governador Ricardo Coutinho reduziu nossos salários, mesmo com determinação do Superior Tribunal de Justiça”, foi o desabafo feito por Tânia Mendes, presidente do Sindicato do Ipep. “Meu Deus, será que todos esquecem que estão colocando milhares de vidas em jogo?”
“Foram pessoas vitimadas por problemas de estresse de doenças cardíacas, que não resistiram a todo esse suplício, tudo ocasionado por essa atitude do Governo do Estado de não reconhecer nossos direitos”, acrescentou. Agora mesmo quando os servidores já davam como certa a vitória, após decisão do Tribunal de Justiça, houve nova frustação.
Após a deliberação do TJ, que anulou todos os feitos do desembargador Marcos Cavalcanti nos autos, restaria cumprir a decisão anterior do juiz Gutemberg Cardoso (3ª Vara da Fazenda), que mandou o Governo reimplantar os valores suprimidos de seus salários desde o início do Governo RC, em 2011, e arbitrou até bloqueio das contas do Estado para o cumprimento de sua decisão.
Mas, o imprevisível aconteceu: o juiz sofreu um infarto, precisou se submeter a uma cirurgia cardíaca, e acabou substituído pela juíza Silvana Carvalho Soares que acaba de emitir despacho, determinando novas diligências, quando, segundo o Sindicato, deveria apenas dar sequência aos feitos e decretar “o cumprimento da sentença do juiz Gutemberg”.
Esse mesmo processo, que vem se delongando desde 2011 também fez outra vítima notável , que foi a juíza Lúcia Ramalho, que chegou a ser afastada da 5ª Vara da Fazenda, por ter arbitrado em favor dos servidores, numa decisão em tudo similar à de Gutemberg.
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