Manifestação pró Dilma apesar de mobilizar menos pessoas não pode ser subestimada
As manifestações promovidas pró Dilma nesta quinta (dia 20) não devem ser analisadas pelo número de participantes, ou fazendo um comparativo com o evento das oposições no domingo (dia 16). Já se sabia que a diferença seria desigual. Se tomarmos São Paulo como referência e usando números do G1, havia 2 milhões de pessoas nas ruas domingo. Nesta quinta, 190 mil.
A manifestação desta quinta deve ser compreendida como a primeira reação efetiva do PT e aliados contra os atos que pedem a saída da presidente Dilma. O partido decidiu efetivamente mostrar a cara, diferente do que ocorrera antes. E ainda foi um número expressivo, se avaliarmos os dados das últimas pesquisas (Datafolha, por exemplo), nas quais o Governo Dilma teria aprovação de apenas 8%.
Foi uma resposta ao avanço dos pedidos de afastamento da presidente Dilma, para talvez mostrar ao País que, diferente do que ocorreu em relação ao inditoso Fernando Collor de Mello, em 1992, o partido ainda tem militância para reagir. Collor, como se sabe, naufragou praticamente sozinho. No dia em que convocou a nação para vestir verde e amarelo em sua defesa, os brasileiros saíram de preto às ruas.
Então, no preciso dia em o deputado Eduardo Cunha, presidente da Câmara, foi acusado formalmente pelo procurador-geral Rodrigo Janot, movimentos pró Dilma às ruas e, se não mostraram musculatura suficiente para intimidar os adversários, emitiram sinais de que realmente não irão desistir de defender o mandato da presidente Dilma. E assim deve ser compreendida a manifestação dessa quinta.