Maranhão destaca os 108 anos do Dnocs mas lamenta que órgão está “agonizante”
O senador Zé Maranhão destacou, nesta quarta-feira (dia 3), como o Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra a Seca) está iminência de completar 108 anos, “foi uma das instituições mais importantes do serviço público brasileiro e mais importante para o Nordeste, mas vive um período difícil, quase agonizante”.
Segundo o senador, o Dnocs “cumpriu um papel fundamental no capítulo da integração nacional e no capítulo humano da criação de condições adequadas para que o Nordeste conseguisse sobreviver aos fenômenos climáticos periódicos que acometem em tempos e de forma repetida os nordestinos”.
Maranhão pediu, durante pronunciamento no Senado, “o apoio ao órgão com mais recursos e renovação do quadro de servidores técnicos, para que os novos, na convivência com os mais velhos enriqueçam seu conhecimento e vivência e também, posteriormente, transmitam para os que os sucederem, nesse ciclo que faz a vida, de renovação. E, com isso, faça-nos nordestinos, brasileiros, a permanecermos em nosso local, na terra em que nascemos, com qualidade de vida e dignidade, verdadeiramente cidadãos e cidadãs desta rica região do nosso País”.
Obras – As realizações do Dnocs, desde 1909, envolvem 1.133 municípios, com uma população de quase 21 milhões de habitantes, correspondente ao Polígono das Secas, onde foram construídos 323 açudes públicos, com capacidade de acumulação total de 28 bilhões de metros cúbicos de água, implantados outros 622 açudes, perfurados mais de 29 mil poços tubulares profundos, com m índice de aproveitamento de 90%.
O Dnocs ainda contabiliza a implantação de 177 sistemas de abastecimento público de água em cidades do interior, beneficiando uma população de dois milhões e a construção de 816km de adutoras.
Pioneirismo – Maranhão também destacou o seu pioneirismo, em diversas áreas, tais como a introdução da técnica de construção de barragens de terra no Brasil e a implantação do primeiro laboratório de solos na América Latina.
Segundo o peemedebista, todo esse conjunto de obras e serviços envolveram recursos da ordem de US$ 29 bilhões, em valores atualizados: “Se estabelecermos uma relação entre os valores investidos e a produção de água no Semiárido, teremos um custo de $1,09 dólares por metro cúbico de água acumulada, o que é um valor irrisório pela importância da obra e pelos custos correntes em sistemas de abastecimento de água no mundo inteiro.”