Maranhão e Cássio superam divergências após 19 anos de confrontos
Quem tem conversado, ultimamente, com os senadores Zé Maranhão e Cássio Cunha Lima, sai com a nítida impressão de que o peemedebista e o tucano nunca estiveram tão afinados, desde o ruidoso rompimento de 1998. Naquele ano, como se sabe, Cássio e Ronaldo Cunha Lima romperam com Maranhão, deixaram o PMDB, após duas disputar internas em convenção, e ingressaram no PSDB.
Desde então, Maranhão e Cássio se enfrentaram em seguidas disputas eleitorais. Na verdade, 19 anos de confrontos. Em 2002, Maranhão lançou o então vice-governador Roberto Paulino, que forçou um impensável segundo turno contra Cássio. No fim, Cássio foi eleito governador. Quatro anos depois, o próprio Maranhão disputou o Governo e perdeu para Cássio, em segundo turno.
Em 2009, Cássio terminou cassado pela Justiça Eleitoral e Maranhão assumiu o Governo. Mas, em 2010, Cássio se aliou a Ricardo Coutinho para dar o troco e derrotar Maranhão. Em 2014, foi a vez de Maranhão se aliar a Ricardo Coutinho para derrotar Cássio, em segundo turno. Então, como se vê, tem sido um histórico de contencioso, desde 1998.
Mas, pelo que se tem visto nas declarações recentes dos dois, especialmente no privado, é que conseguiram superar as divergências políticas. O que parece resumir esse cenário é uma declaração de Cássio à Imprensa nos últimos dias: “Eu não sou tão ruim como Maranhão imaginava e nem ele é tão ruim quanto eu pensava.”
E o arremate: “Depois de muitos anos de divergências, tivemos essa oportunidade de vivenciar, lado a lado, em Brasília.” Opinião partilhada por Maranhão.