Maranhão reafirma candidatura ao Governo e abre temporada de 2018 com tudo

O senador Zé Maranhão, pelo visto, tomou gosto pela candidatura ao Governo do Estado. É o que dá a entender em suas mais recentes declarações, quando tem feito questão, não apenas de negar a existência de um acordo prévio para apoiar a candidatura de Luciano Cartaxo ao Governo, como tem insistido que, uma vez lançado pelo MDB, está disposto a encarar o embate das urnas novamente.

As últimas pesquisas divulgadas, no finalzinho do ano passado, parecem ter dado uma motivação extra ao senador, ao pontificar numa confortável posição, à frente, inclusive, do secretário João Azevedo, candidato do governador Ricardo Coutinho. Não é pouco, afinal o governador tem empreendido um considerável esforço, com um aparato gigantesco de mídia, para alavancar Azevedo.

Político com um histórico de mais de 50 anos sem uma mácula na imagem, senador mãos limpas, Maranhão tem biografia para apresentar, sobretudo nesses tempos de Lava Jato. E não apenas pela imagem imaculada, também pelo inquestionável histórico como administrador. As maiores obras hídricas recentes da Paraíba, por exemplo, têm a sua assinatura. É um portfólio e tanto.

Então, o conjunto da obra justifica sua determinação. Evidente que nem tudo são flores. Cada eleição tem a sua própria história particular. Maranhão enfrentará algumas dificuldades, nada, é claro, que não saiba enfrentar. De prima, precisará convencer parte do eleitorado de que a sua candidatura não atende um desejo do governador, que defende três candidaturas para forçar um segundo turno.

Depois, também precisará sobreviver ao fogo cruzado, que será o enfrentamento do candidato chapa branca do governador contra o candidato de oposição que, a preço de hoje, é o prefeito Luciano Cartaxo. Ele precisará evitar essa polarização, para não ter espremido entre as duas forças. E a Paraíba tem, até onde a vista alcança, um longo histórico de polarização nas disputar ao Governo do Estado.

Por fim, precisará atrair um conjunto de partidos, que assegure um arco de alianças minimamente viável para a disputa. Os candidatos a deputado precisam ter essa segurança. Sem uma coligação de peso, a eleição dos parlamentares fica muito comprometida. De qualquer forma, Maranhão é, no momento, o candidato com mais dinâmica no páreo e, ironicamente, se constitui num fato novo.