O ex-governador Zé Maranhão reagiu com indignação às insinuações do governador Ricardo Coutinho, de que as fraudes do Programa do Leite foram praticadas no Governo anterior: “É uma pena que a Paraíba esteja tendo que passar por esse jogo de cena do atual governador. Ele prometeu um grande salto. Um grande salto a Paraíba não teve, mas assalto tem muito!”
Maranhão assegura: “Em nosso Governo, recebemos as denúncias sobre irregularidades no Programa do Leite, mandamos apurar, constatamos as irregularidades em 2009, então afastamos os laticínios que vinham fraudando o programa, punimos funcionários coniventes e enviamos toda a documentação para os órgãos que deveriam dar encaminhamento às ações judiciais.”
Acrescenta: “Mas, fomos informados, inclusive, de que empresas afastadas por irregularidades em 2009 foram reabilitadas pela FAC no atual Governo. Então, não se poderia esperar outra coisa senão mais um escândalo. Agora, o mais curioso é que, depois de um ano e meio, o atual governador não tenha tomado uma atitude e ainda vem dizer que pediu para a Polícia Federal investigar!”
O peemedebista aproveitou para emendar: “Aliás, no que a Paraíba avançou em um ano e meio de um Governo que prometia o céu na terra? E ainda fica agredindo a memória dos paraibanos, quando diz que equipou o Hospital de Trauma de Campina. Ora, ele recebeu o hospital pronto e inaugurado. Pelo contrário, manteve fechado vários vezes quando deveria ter entregue à população.”
E complementa: “E o Hospital de Trauma de João Pessoa. Em sua propaganda enganosa, diz que aplica R$ 10 milhões por mês. Pode até aplicar, mas presta um serviço inferior ao que era prestado em nosso Governo, quando aplicávamos R$ 3,5 milhões e tinha um atendimento modelo. É de se perguntar para onde estão indo R$ 6,5 milhões a mais. O dinheiro terá sido terceirizado?”
De quebra, Maranhão entrou na seara das obras anunciadas pelo atual governador: “De todas as obras que anuncia em sua propaganda enganosa, só existem mesmo as obras de estradas. Isto porque deixamos os recursos do BNDES e Comunidade Andina em caixa, tudo licitado, faltando apenas realizar as obras. Mesmo assim, várias obras dessas foram suspensas, porque ele não pagou e as construtores abandonaram os canteiros. Ele terá, inclusive, de realizar novas licitações.”
