Marcelo repudia interferência na AL e revela que vota com a CCJ e o Fisco
Causaram turbulências no Palácio da Redenção, na tarde dessa terça-feira, as declarações do deputado Ricardo Marcelo, presidente da Assembleia, sobre suas posições em relação à votação das Medidas Provisórias (183, 184 e 185), chamadas de MPs do Mal, que devem voltar à pauta na sessão desta quarta-feira.
Marcelo afirmou que, se estivesse no plenário, na semana passada, teria votado com o pessoal do Fisco (contra as MPs): “Ninguém é mais capaz de dar parecer sobre constitucionalidade de matérias na Assembleia do que a Comissão de Constituição e Justiça. Então, se estivesse em plenário, teria votado com o parecer da CCJ.”
Na sequencia, mandou um recado, revidando as críticas de setores do Governo que o haviam culpado pela derrota do governador RC nas votações da semana passada: “Primeiro que não sou responsável pela vitória ou derrota do Governo na Casa, a responsabilidade é de sua bancada, cabe ao seu líder de bancada articular as votações .”
Então, arrematou, causando urticária entre girassóis: “O nosso propósito sempre será o de gerir a casa. Estar em plenário é questão de prerrogativa da Mesa, tanto que existem vice-presidentes para substituir o presidente. O que faço é defender o povo, e não admito interferência de poder nenhum, nas decisões internas da Assembleia.” Nem tão curto, mas grosso.