Marina volta a constranger Campos proibindo Rede de participar da direção do PSB
A ex-ministra Marina Silva acaba de criar novo embaraço para o governador Eduardo Campos. No final de semana, a cúpula do seu (quase) partido, a Rede Sustentabilidade, decidiu não integrar a direção nacional do PSB. Em nota, a Rede afirmou: “A decisão da Comissão Nacional Provisória é que nenhum membro da Rede, mesmo aqueles que se filiaram ao PSB, irá participar das instâncias nacional ou estaduais.”
Foi o segundo choque para o governador de Pernambuco, desde a adesão de Marina ao PSB. Uma semana após sua filiação, a ex-candidata afirmou, para surpresa geral, que não havia diferenças entre as candidaturas de Dilma Roussef, Aécio Neves e Eduardo Campos. O PSB acusou o golpe, mas preferiu manter o silêncio, para não agravar a difícil relação entre militantes dos dois partidos.
Marina, pelo visto, tem mandado recado para Campos, como quem diz: “Nós nos juntamos, mas nós não nos misturamos.” Essa espécie de apartheid deverá ser o diferencial nessa aliança com PSB com a Rede, que poderá confundir o eleitor, com consequências imprevisíveis no processo eleitoral. Ainda mais se, em certo momento, Marina decidir resgatar seu projeto de ser candidata no lugar de Eduardo Campos.
A decisão da Rede envolve, é claro, a Paraíba. Há poucos dias, alguns militantes do partido de Marina anunciaram filiação ao PSB, como o cantos e compositor Vital Farias. Logo depois, alguns outros militantes formalizaram indignação contra a aliança, uma vez que fazem oposição ao Governo Ricardo Coutinho.
Para onde vão os votos de Marina? – Uma pesquisa divulgada, final de semana, pelo jornal Folha de São Paulo, revelou que a grande maioria dos votos de Marina irão para Dilma, no caso dela não disputar a eleição. Em números redondos, 42%. Aécio Neves ficaria com mais 21%, enquanto Eduardo Campos seria beneficiado com apenas 15%.