MARTÍRIO DE SERVIDORES DO IPEP Advogados governistas conseguem adiar mais uma vez julgamento de ação no Supremo
Os funcionários do antigo Ipep não têm dúvida de que teria ocorrido ingerência de advogados ligados, não apenas ao atual governador João Azevedo, mas também do ex Ricardo Coutinho, em relação ao julgamento da ADPF (Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental), que estava previsto para ocorrer na semana passada e foi adiado para 19 de fevereiro. A ação tem como relator o ministro Luiz Fux (Supremo Tribunal federal).
Como se sabe, o desembargador Márcio Murilo, presidente do Tribunal de Justiça, chegou a derrubar uma decisão seu colega José Ricardo Porto (com o sequestro de R$ 5 milhões para pagamento dos servidores), alegando a existência dessa ADPF, e que, somente com o julgamento pelo Supremo Tribunal Federal, poderia arbitrar sobre o pagamento integral dos seus vencimentos.
Essa ADPF foi impetrada pelo ex-procurador Gilberto Carneiro, sob orientação do ex Ricardo Coutinho. O detalhe é que os dois foram presos pela Operação Calvário, por desvio bilionário de recursos públicos. Os mesmos recursos que poderiam ter sido utilizados para o pagamento dos salários integrais dos servidores do antigo Ipep.
Perseguição – Os funcionários do Ipep vêm sofrendo, desde 2011, uma das perseguições mais perversas que se têm notícia na Paraíba. O martírio começou quando Ricardo Coutinho assumiu o governo e determinou, de forma fascista, a redução de parte de vencimentos de 1,2 mil servidores. Desde então, dezenas de deles perderam suas vidas, outros se suicidaram e muitos vêm passando pesadas dificuldades.