Ministério Público identifica fraudes no Jampa Digital mas passa responsabilidade pro MPF
Essa é curiosa. Dois anos depois do escândalo, o Ministério Público Federal descobriu, enfim, que houve superfaturamento na compra dos equipamentos de informática para o programa Jampa Digital. Denúncia que, há alguns meses, escandalizou o País, depois de veiculação da reportagem pelo Fantástico.
O detalhe está no parecer do MPE: após constatar as irregularidades, os promotores encarregados do caso “descobriram” que as investigações devem ser encaminhadas pelo Ministério Público Federal, porque as verbas envolvidas na operação foram do Ministério da Ciência e Tecnologia, ou seja, federais.
Só agora e depois da reportagem do Fantástico. Que pena o MPE não tenha descoberto antes, apesar de todas as advertências da oposição e das reiteradas da Imprensa. Mas, e quanto à contrapartida da Prefeitura, em recursos municipais, que foi admita pelo próprio prefeito Luciano Agra?
Ou será que o dinheiro estava marcado? Foram usadas notas diferentes para o pagamento? As notas dos recursos federais foram usadas para pagar pelo superfaturamento, mas as da Prefeitura, não?