MISTÉRIO NA CALVÁRIO Além de conselheiros do TCE quem seriam as autoridades com foro envolvidas nos inquéritos que estão em quarentena no STJ?
Segue o mistério nos bastidores em relação à Operação Calvário, especialmente em relação às autoridades com foro privilegiado, que estão envolvidas no escândalo, ora em tramitação no Superior Tribunal Federal. O que se sabe é que inquéritos números 1289, 1290, 1291 e 1292 tramitam no STJ, sob a relatoria do ministro Francisco Falcão, mas permanecem envoltas em mistério sobre quem seriam essas personalidades.
O mistério ainda é maior, porque os processos se encontram praticamente parados, há vários meses, desde a Operação Calvário 7 (Juízo Final), quando o ministro Falcão determinou, em 18 de dezembro, mandados de buscas e apreensão contra três conselheiros do Tribunal de Contas do Estado: André Carlo Pontes, Artur Cunha Lima e Nominando Diniz. De quebra, mandou afastar Artur e Nominando.
Na oportunidade, o ministro chegou a alerta: “A medida, embora extrema, se impõe, pois há justo receio de que, no exercício de suas funções públicas, os conselheiros possam vir a praticar outros crimes. Não se pode afastar, ainda, a hipótese de que, permanecendo nos cargos, os investigados possam interferir nas apurações, mediante destruição/ocultação de provas, influenciando ou intimidando possíveis testemunhas.”
Mais envolvidos – Há rumores de que magistrados e outras autoridades do Estado poderiam constar do rol dos investigados. Mas, até onde se pode apurar, o caso deixou de andar no Superior Tribunal de Justiça, desde fevereiro (o processo corre em segredo de Justiça). Pelo menos não com a velocidade que se esperava de um escândalo dessa magnitude.
Bilhões – A organização criminosa desbaratada pela Calvário movimentou bilhões de reais da área de Saúde do Estado. Numa primeira estimativa, realizada pelo Gaeco, dessa movimentação bilionária, pelo menos R$ 134,2 milhões passaram por uma torrefação criminosa e viraram propina.
O dinheiro sujo foi usado para o enriquecimento ilícito dos chefões, financiar com o suborno a leniência e cumplicidade de autoridades nos demais poderes e, ainda, bancar campanhas eleitorais.