MISTÉRIOS NA CALVÁRIO Gaeco investiga tornozeleira defeituosa de Ricardo Coutinho e desembargador pede explicações sobre violações de cautelares
Enquanto o Ministério Público segue investigando os constantes defeitos apresentados pela tornozeleira que era usada pelo ex Ricardo Coutinho, o desembargador Ricardo Vital, relator da Operação Calvário no Tribunal de Justiça, acaba de pedir explicações de investigados quanto a supostas violações nas medidas cautelares.
As medidas cautelares consistem no uso da tornozeleira, a quarentena judicial de recolhimento domiciliar das 20h às 6h, proibição de deixar a comarca sem autorização judicial e também de negociarem com o poder público, além da vedação de contato entre integrantes da organização criminosa, que foi desbaratada pelo Gaeco.
Conforme despacho do desembargador, deverão dar explicações, no prazo de 48 horas (a partir de 18 de agosto de 2020), Bruno Miguel Teixeira Avelar, o advogado Francisco das Chagas Ferreira, ex-procurador Gilberto Carneiro, José Arthur Viana Teixeira, a prefeita Márcia Lucena (Conde) e Vladimir dos Santos Neiva.
Não foram revelados sobre quais teriam sido as infrações cometidas.
Investigações – Enquanto isso, o Ministério Público segue averiguando as circunstâncias em que foram verificados constantes defeitos na tornozeleira que era usada por Ricardo Coutinho. Conforme seus advogados, o rastreador teria quebrado pelo menos cinco vezes.
As quebras constantes foram, inclusive, utilizadas como argumento para pedirem a retirada do equipamento, algo que sensibilizou o ministro Gilmar Mendes (Supremo Tribunal Federal), que atendeu ao pedido, ainda de forma liminar.