Muito barulho por nada: PMDB reafirma unidade, delibera candidatura própria e mantém distância do Governo RC
Uma imensa expectativa foi criada, nos últimos tempos, em torno da reunião da Executiva do PMDB para deliberar questões pendentes, especialmente as posições do senador Raimundo Lira e do deputado Veneziano. Os dois parlamentares, como se sabe, vinham defendendo uma mudança de comando do partido no Estado e uma reaproximação política com o governador Ricardo Coutinho.
E o que aconteceu nesta segunda (dia 27)? Praticamente nada, afora algumas trocas de farpas, mais cifradas do que de ataque direto. No final, o partido deliberou por apresentar candidato próprio a governador em 2018. Nada de muito excepcional a tanto tempo do pleito. E também houve a defesa unânime pela unidade do partido que, desta forma, segue dividido, mas aparentemente pacificado.
Raimundo Lira sugeriu que o candidato seja o senador Zé Maranhão. Maranhão concordou, em primeiro momento, que o partido deva ter candidato próprio, mas se negou a assumir qualquer candidatura: “É muito precoce se assumir uma candidatura agora. Até lá podem surgir outros nomes. Se ninguém se dispuser à disputa e eu for convocado pelo companheiros, poderia ser o candidato.”
Em determinado momento, Raimundo Lira chegou a fazer uma surpreendente revelação. Ele afirmou ter dito pessoalmente ao governador, em Monteiro, durante a vinda do presidente Temer, que não teria como seguir seu projeto, caso o PMDB adotasse a sua candidatura à reeleição. Todos concordaram que, além de candidato próprio ao Governo, o partido tenha um compromisso com Raimundo Lira.
Veneziano negou pretenda deixar o PMDB e justificou a nomeação de sua esposa (Ana Cláudia) para um cargo no Estado (secretária-executiva da Casa Civil), alegando que tentou sua indicação para Funasa e, como não saiu, foi tentado pelo convite do governador que se ofereceu para nomear.