“Na Paraíba, a Justiça Eleitoral não apenas tarda, como também falha”, diz Cássio sobre julgamento da Aije do Empreender
No bojo do julgamento da Aije do Empreender há um personagem que não pode passar despercebido, que é o ex-governador Cássio Cunha Lima. E por uma razão muito simples: Cássio foi cassado em 2009, em menos de seis meses pelo mesmo Tribunal Regional Eleitoral, no caso Fac. A Aije do Empreender aguardou cinco anos para ser julgada.
Nesse período, teve nada menos do que seis relatores, a saber: iniciou com o juiz Tércio Chaves, seguido pelo desembargador João Alves. Depois, passou, em sequência, por Maria das Graças Guedes, Romero Marcelo, Carlos Beltrão e, finalmente, José Ricardo Porto. Este o personagem da noite de ontem, com seu voto pela absolvição de Ricardo Coutinho.
Tudo bem, meu caro Paiakan, Ricardo, o Porto, ainda aplicou uma multa de R$ 50 mil contra Ricardo, o Coutinho. Verdade. No caso Fac, Cássio foi cassado por ter aplicado R$ 3,8 milhões em cheques. No caso Empreender, Ricardo tem voto de absolvição de Porto por ter investido mais de R$ 31 milhões, quase dez vezes mais, o que, para o desembargador, não caracterizou crime eleitoral.
Então, esta manhã (sexta-feira, 12, quase 13), Cássio postou em redes sociais e com sobradas razões: “Na Paraíba, sobretudo para os apreciadores de vinho, a Justiça Eleitoral não apenas tarda, como também falha. Uma vergonha o que aconteceu ontem (quinta, dia 11). É nojento.”