Na Paraíba é assim: deputada é assaltada duas vezes e colega pede crucifixo

Dois fatos agitaram a Assembleia na manhã desta quinta (dia 21). O primeiro deles foi a informação de que a deputada licenciada Daniella Ribeiro havia sido assaltada, pela segunda vez, em Campina Grande. O segundo, pronunciamento do deputado governista Carlos Dunga que, não apenas se solidarizou com a deputada, como criticou duramente a (in) segurança pública.

A deputada e mais cerca de 70 pessoas ficaram reféns de dois bandidos, num restaurante da cidade: “Foi a deputada, mas poderia ser qualquer outro cidadão vítima dos bandidos. Essa é uma situação que ocorreu em Campina Grande, mas poderia ter sido também em João Pessoa, ou em qualquer outra cidade. O problema de violência está muito grave, e é nacional.”

Antes de Dunga, o deputado Frei Anastácio também se manifestou em solidariedade à deputada, criticando o sistema de segurança pública do Estado que, segundo ele, não vem conseguindo enfrentar a bandidagem, o que faz do cidadão um refém: “A violência atingiu níveis insuportáveis. Nem deputados escapam mais da violência no Estado. Algo precisa ser feito e com urgência.”

Durante a sessão, o deputado Dunga ainda pediu que fosse colocado “um crucifixo” na Assembleia, para tentar afastar os maus espíritos.

Escalada de violência – Há pouco dias, a ONG mexicana Consejo Ciudadano para la Seguridad Publica y Justícia Penal, trouxe a informação de que, pelos segundo ano consecutivo, João Pessoa figura na relação das dez cidades mais violentas do mundo.

No estudo de 2011/2012, João Pessoa entrou para o ranking apresentando uma taxa de 71,59 assassinatos por grupos de 100 mil habitantes, e ocupou o desonroso 10º lugar. Um ano antes, no início do Governo RC, a Capital vinha em 29ª no ranking, com uma taxa de 48,64 assassinatos por grupos de 100 mil pessoas. Mais dados emhttp://bit.ly/yQXBeM.

No novo estudo, que acaba de ser divulgado pela ONG mexicana, João Pessoa se consolida em 10º após manter a mesma taxa de homicídios do ano anterior: 71,59 assassinatos por grupo de 100 mil pessoas. Detalhe: no mesmo período, de 2010/2011 pra cá, Maceió caiu para 6º, com uma taxa de 85,88 (em http://bit.ly/YJJPoz). Era 3ª, com 135,26 assassinatos.