Na Paraíba não tem desse Zé, não!
O clássico de Jackson do Pandeiro diz “como tem Zé lá na Paraíba”. Tem Zé de baixo, Zé de riba, mas, mas, meu caro Paiakan, na Paraíba não tem um Zé… de Abreu, não. Sem entrar no mérito de suas eventuais qualidades como ator, ou de suas preferências ideológicas, algumas talvez até elogiáveis, mas que sujeito asqueroso esse! O cara que passou todos os limites da civilidade.
Seu ataque machista, misógino, criminoso à atriz Regina Duarte, se tivesse sido verbalizado por militantes de ideologia à direita, seria um escândalo internacional. É mais um efeito da diabólica polarização ideológica que tem marcado o Brasil nos últimos anos. Não é por ser esquerda que esse Zé tem licença para atacar as pessoas. Nem ele, nem ninguém. Seja de direita, seja de esquerda.
Aliás, o País voltou ao período das trevas. É de uma primariedade medieval querer dividir o mundo em direita e esquerda. Ora, uma das melhores qualidades do humano é precisamente sua diversidade. E diversidade é uma luta contemporânea, vejam só. No entanto, para muitos aloprados, só existem os cordões vermelho e azul. Essa gente intolerante atacada pelo daltonismo político.
É uma gente que não respeita as decisões de quem pensa diferente. Essa gente não tem nada de democrata. Está muito mais próxima do fascismo que não tolera o contraditório. Então, meu caro Paiakan, nem entremos no mérito da decisão de Regina Duarte em aceitar a Secretaria de Cultura. Ela deve ter consciência de que, se errar, irá pagar pelo erro.
O mais é o repúdio a um Zé desequilibrado que, em vez de ir para a Nova Zelândia, como anunciou recentemente (talvez para chamar atenção da mídia), deveria mesmo era ser internado.