Na pele do corno
Num certo júri, em Itaporanga, Praxedes Pitanga defendia um correligionário político, acusado de matar a esposa, acusada de traição.
Por mais que tentasse convencer os jurados e o juiz, Pitanga percebia que o rapaz seria condenado. O crime ocorreu em praça pública e assombrou a cidade.
Sem mais alternativa, Praxedes se virou para o juiz, num derradeiro esforço: “Eu convoco o senhor juiz a se colocar na pele desse rapaz…” O juiz nem deixou Pitanga concluir. Bradou: “Na pele de um corno, nunca!”
Praxedes: “Está vendo? Nem o senhor chama o rapaz de assassino!” Os jurados caíram na gargalhada, e o marido assassino acabou absolvido.