NÃO ERA A CALVÁRIO Polícia Federal cumpre mandados judiciais com as operações Famintos e Feudos por desvios de recursos da merenda
A presença da Polícia Federal nas ruas de João Pessoa e outras cidades levaram algumas pessoas imaginarem ser uma operação casadinha com a Calvário. Mas, não era. Na verdade, os policiais estavam cumprindo mandados judiciais, em conjunto com o Ministério Público Federal e Controladoria Geral da União, no âmbito de duas outras operações: Famintos e Feudos. Não foi desta vez, portanto, meu caro Paiakan.
Segundo informe da Polícia Federal, essas duas operações são resultado de investigações de desvio de recursos públicos entre 2013 e 2019, do PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar), ou seja, relativos à merenda escolar, e que envolveria servidores municipais de Campina Grande.
Houve, inclusive, bloqueio de R$ 13,5 milhões em recursos da prefeitura de Monteiro. Ou seja, tanto quanto a Calvário, o caso se trata de corrupção e desvio de dinheiro público. Um caso tão perverso quanto o outro. Um, corrupção com dinheiro da saúde, o outro, com o dinheiro da merenda escolar de alunos carentes.
Contingente – As duas operações mobilizaram a participação de 260 policiais federais e 16 auditores da CGU. foram cumpridos 67 mandados de busca e apreensão, em órgãos públicos e nas residências, escritórios e empresas dos investigados, bem como de 17 mandados de prisão, nas cidades paraibanas de João Pessoa (foto acima), Campina Grande, Massaranduba, Lagoa Seca, Serra Redonda, Monteiro e Zabelê.
Nomes – Segundo a Polícia Federal, o nome da operação Famintos é uma alusão à voracidade demonstrada pelos investigados em direcionar as contratações para o grupo criminoso. Já o nome Feudo remete ao vínculo familiar entre os integrantes do grupo criminoso atuante em Monteiro.