NÃO SE FAZ OMELETE, SEM… João vai precisar acomodar os novos aliados sem desalojar os mais antigos
Em 2019, quando iniciou sua primeira gestão, João Azevedo foi praticamente obrigado a acomodar todos os indicados de Ricardo Coutinho em seu governo, o que, aliás, trouxe inúmeros problemas, decorrentes do avançar das investigações da Calvário, quando quase todos foram atingidos pela operação e, consequentemente, demitidos.
Mas, a nova gestão que inicia em janeiro de 2023, o governador, apesar de estar livre de Ricardo, terá obviamente outros compromissos, com novos parceiros de travessia, a quem caberá acomodar.
Há quatro anos, por exemplo, o senador Veneziano Vital do Rego tinha espaço em sua gestão. Agora, após ter rompido, não terá mais. Porém, João vai precisar acomodar novos parceiros, como o Republicanos de Hugo Motta, o Progressistas de Aguinaldo Ribeiro e o PSD da senadora Daniella Ribeiro.
Se bem que, no caso de Aguinaldo e Daniella, em menor escala, uma vez que já estão bem representados com o vice-governador eleito, Lucas Ribeiro, filiado ao Progressistas e filho da senadora.
Já o Republicanos é um partido sequioso, apesar de praticamente sacramentar o comando da Assembleia, pelos próximos quatro anos, ambici0na aninhar aliados no governo.
Há ainda atores novos que devem ser contemplados, como a ex-candidata ao Senado, Pollyanna Dutra, ou partidos de menor expressão, mas igualmente sedentos de espaço, como o Solidariedade de Eduardo Carneiro.
Há ainda o dúbio PT de Luciano Cartaxo e Ricardo Coutinho. Um aliado, o outro, como se sabe, adversário. E não se pode esquecer do PCdoB que, apesar de diminuto, tem um sentido simbólico no governo.
De forma, que novos nomes devem aparecer em cena, ao lado de outros veteranos mantidos de sua primeira gestão. Uma engenharia, às vezes dolorosa. Mas, como se sabe, não se faz omelete, sem quebrar os ovos.