NÃO TEM FIM… PF cumpre mandados contra esquema revelado na Calvário por desvio de R$ 2,4 milhões só numa compra de carteiras
O esquema criminoso desbaratado pelo Gaeco no âmbito da Operação Calvário segue assombrando a Paraíba.
Na manhã desta quarta (8/03), a Polícia Federal desencadeou a operação Terceira Estação, que apura fraudes na contratação, desvio de recursos públicos, corrupção sistêmica e lavagem de dinheiro.
A operação Terceira Estação foi resultado do compartilhamento de parte do material probatório obtido pela Operação Calvário, e os crimes podem condenar os suspeitos a até 39 anos de prisão.
As investigações apontaram uma movimentação de R$ 13.715.712,00 na operação supostamente fraudulenta de compra de carteiras, pagos com recursos do Fundeb.
As traquinagens apuradas nas investigações remetem a 2017, penúltimo ano do governo Ricardo Coutinho, nos processos de aquisição de mobiliário escolar pela secretária de Educação.
Segundo as primeiras informações, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em João Pessoa e Taquaritinga (SP), e a PF estima que mais de R$ 2,4 milhões foram desviados dos cofres públicos, somente nessa fraude.
Entre os alvos, de acordo com informações de bastidores estão um ex-secretário de Estado e um comunicador. Os nomes não foram revelados, mas o secretário de Educação, em 2017, era Waldson de Souza, já implicado em várias fases da Calvário. E houve também o ex-secretário Aléssio Trindade, que, segundo rumores, foi um dos alvos da operação.
A operação contou com uma força tarefa integrada pelo Gaeco (Ministério Público), Ministério Público Federal e Controladoria Geral da União, com a participação de três auditores da CGU e de 27 policiais federais. Os mandados foram expedidos pela 16ª Vara da Justiça Federal.
Operação – O nome da operação é referente à Via Sacra, representada por 14 estações que reproduzem o trajeto percorrido por Jesus Cristo até o Monte Calvário.
“A Terceira Estação representa a primeira queda de Jesus Cristo ao carregar a cruz, símbolo do pecado e da devassidão humana”, diz publicação da força tarefa.
As informações foram publicadas no site do MPF (mais em http://bit.ly/3ykpNcG).