Nêumanne diz que Temer tem até março pra mostrar serviço e estranha demora em julgamento de AIJEs que pedem cassação de RC
Foi antes uma conversa informal, muito mais para atualizar os assuntos. Um breve café da manhã, porém suficiente para sorver uma torrente de informações, de quem está no epicentro do noticiário nacional, em São Paulo. O jornalista José Nêumanne Pinto, de passagem por João Pessoa, revelou como a longevidade do presidente Temer vai depender de como estará seu Governo até março ou abril.
Lembrando que outro paraibano, o ministro Herman Benjamim, relator do processo que pede a cassação da chama Dilma-Temer no TSE, anunciou entregar seu relatório e seu voto até abril. “Hermann é linha dura”, revela Nêumanne. Já no plano estadual, Nêumanne estranhou que a Justiça, no caso, TRE da Paraíba, ainda não tenha julgado as AIJEs que pedem a cassação do governador Ricardo Coutinho.
“Ricardo (Coutinho) parece que é muito forte junto ao Judiciário, porque sabemos de muitas denúncias contra ele, e não há julgamento”, lamentou. Também estranhou toda a celeuma de RC, após o governador Geraldo Alckmin ceder bombas para ajudar a resolver o problema hídrico no Estado: “Ora, Alckmin pode até estar fazendo campanha, mas a Paraíba vai rejeitar a sua ajuda? É inacreditável isso!”
Noutro momento, registrou como reina grande expectativa em relação às delações na Operação Lava Jato, “que deverão envolver muita gente mais”. E, com a sua costumeira verve, ironizou: “Mas, escapa quem for envolvido e tiver foro privilegiado. O Supremo, como a gente sabe, não condena ninguém. Mas, quem não tiver foro, certamente estará em grandes dificuldades com o (Sérgio) Moro”.
O jornalista, atualmente, além de editorialista do jornal O Estadão, também apresenta comentários diários na Rádio Estadão, com a coluna “Direto ao Assunto”.