EM FAMÍLIA Justiça torna réus o deputado Manoel, sua esposa e um assessor por contratação de assessora fantasma
A Justiça acatou a denúncia do Ministério Público da Paraíba contra a família Ludgério no atacado. O deputado Manoel Ludgério, sua esposa, a vereadora Ivonete, além do assessor parlamentar Carlos Alberto Nunes foram denunciados pelo MP, pela suposta nomeação de uma servidora fantasma e desvios de dinheiro público.
O caso começou quando da nomeação da empregada doméstica Elizete de Moura, que exerceria uma função de confiança na Assembleia Legislativa. Conforme a denúncia, Elizete era paga pelo Legislativo, mas prestava serviço particular para o casal, num intervalo de 15 anos (entre 1999 e 2014).
De acordo com as investigações, a servidora foi nomeada para exercer a função de confiança, lotada no gabinete do deputado, entre fevereiro de 2003 a maio de 2004, de janeiro a junho de 2007, e, ainda, para compor o grupo de Apoio ao Mandato Parlamentar, de julho de 2007 a fevereiro de 2009.
Outro detalhe, apurado nas investigações: as transferências bancárias com os salários pagos pela Assembleia foram feitas para a servidora fantasma em uma conta corrente aberta no nome dela, mas, o cartão e senha, estavam, na verdade, em poder de Ivonete.
Os investigadores descobriram ainda que a conta foi aberta com o auxílio do assessor parlamentar (também denunciado), após o financiamento de uma motocicleta, que foi comprada pela vereadora para a empregada, com a condição de que o valor do veículo fosse descontado do salário dela.
Então, quando Elizete foi demitida, em 2014, tentou receber o valor do PIS na Caixa Econômica Federal, mas informada que existia um cadastro dela no PASEP, referente a um vínculo com a Assembleia Legislativa. O contrato não foi reconhecido por ela, que denunciou o caso para a Polícia Federal.
Duas funções – Em sua defesa, o casal alegou que Elizete, na verdade, cumpria duas atividades: como assessora e como empregada doméstica. Ivonete Ludgério alegou existirem contradições nas declarações prestadas por Elizete. Segundo a vereadora, existem provas de que a doméstica desempenhou as duas atividades profissionais.