NO CRAVO E NA FERRADURA Nabor elogia postulação de Galdino mas diz estar pronto pra disputa em 2026 se for convocado

O prefeito Nabor Wanderley (Patos), que tem sido especulado para uma eventual disputa ao Senado, numa pretensa vaga reservada ao Republicanos, deu uma no cravo e outra na ferradura, meu caro Paiakan, quando indagado se poderá realmente ser candidato em 2026.

De um lado, reforçou o básico: que seu foco, neste momento, é seguir trabalhando na Prefeitura de Patos, reeleito que foi para um 4º mandato. Mas, de outro, advertiu que, sendo político, deve estar sempre pronto, se for convocado para disputar uma eleição.

Em outra mão, teceu muitos elogios ao deputado-presidente Adriano Galdino: “Temos uma ligação muito forte. Ainda não conversamos com o Hugo, não houve reunião com o governador João Azevêdo, mas o nome de Adriano, entre tantos outros que o partido tem, representa bem o Republicanos.”

Pelo andar da carruagem, a tendência é que o partido indique um dos três candidatos na chapa majoritária: a governador ou a uma das duas vagas ao Senado. É improvável, a esta altura, que a legenda imponha dois nomes para integrar a chapa, como aliás até já admitiu o deputado-presidente Hugo Motta.

Hugo seria, como se especulou, o eventual candidato ao Senado. Porém, uma vez eleito presidente da Câmara, talvez seja mais estratégico cuidar de sua reeleição a deputado, para tentar emplacar mais um mandato na Presidência da Câmara. Foi nesse cenário que surgiu o nome de Nabor como eventual candidato ao Senado.

O detalhe é Adriano Galdino já ter apresentado seu nome para a disputa ao Governo. Aliás, o lançamento de sua postulação chegou a criar áreas de atrito com o governador João Azevedo, que havia elogiado o vice Lucas Ribeiro (Progressistas) como candidato em potencial, na possibilidade de assumir o Governo em abril de 2026.

Pois, foi diante desse contexto, meu caro Paiakan, que Nabor se manifestou sobre o processo de escolha de candidatuas no âmbito do Republicanos: “Claro que a composição de uma chapa e a distribuição de espaços precisam ser debatidas em conjunto com todos os partidos. Então, no momento certo, vamos discutir isso.”

Aparentemente, o partido vai precisar optar entre disputar uma senatória ou o Governo do Estado. A menos que haja uma mudança de grandes proporções na travessia até a definição das chapas.