NO INTROMETIDOS Mãe revela que Bruno Ernesto denunciou escândalo do Jampa Digital em BO pouco antes de ser assassinado
Mais uma revelação dos pais de Bruno Ernesto, Inês e Ricardo Moraes do Rego, nos bastidores do programa Intrometidos, da última segunda (dia 11). Segundo Inês, poucos dias antes do crime, Bruno teria prestado um BO (Boletim de Ocorrência), denunciando a ocorrência de graves irregularidades no programa Jampa Digital.
“Ele (Bruno) chegou a falar comigo, estava muito aflito com o que tinha descoberto, e para não compactuar com as irregularidades, me disse que iria prestar um BO. Eu fiquei aflita e pedi pra ele não fazer, coisa de mãe. Mas, dias depois um policial disse à família que ele tinha feito o BO, só que esse BO sumiu depois do crime”, revelou Inês.
Segundo ainda Inês, após o crime, a Polícia conseguiu recuperar tudo que os bandidos haviam roubado, mas o detalhe é que o notebook nunca foi encontrado. “E estava exatamente no notebook dele todas as informações sobre o programa do Jampa Digital, inclusive as planilhas e os dados sobre as irregularidades que ele conseguiu identificar”, pontua a mãe de Bruno Ernesto.
Outro detalhe. Segundo Inês, “quando o Gaeco (Ministério Público) foi acionado para investigar a existência do BO, o documento não foi mais encontrado”.
Trama – O advogado Aluízio Régis Filho, constituído pelos pais de Bruno Ernesto, afirmou também durante o Intrometidos, que o assassinato do jovem, em 7 de fevereiro de 2012, foi tramado dentro do Palácio da Redenção ou da Granja Santana. Aluízio disse ter fundamentado sua afirmação, com base em informações do Inquérito 1200, que tinha tramitando no Superior Tribunal de Justiça.
“A família acredita e eu também que esse foi um crime armado, planejado e urdido dentro do Palácio da Redenção ou dentro da Granja Santana. Eu não tenho a menor dúvida disso. Eu só não quero ser injusto que foi o governador Ricardo Coutinho, mas que foram pessoas de dentro da granja, e que pode ter sido ele, a família não tem a menor dúvida”, afirmou o advogado.
Informações extraoficiais de Brasília indicam que o inquérito deve descer, em breve, à Justiça da Paraíba, uma vez que um dos indiciados, o ex-governador Ricardo Coutinho, perdeu o foro privilegiado.
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