NO RETORNO AO BRASIL Bolsonaro nega ser líder da oposição: “Não queremos que o País afunde para aparecermos como salvador da pátria”
Após um período sabático de três meses, o ex-presidente Bolsonaro retornou ao Brasil, na manhã desta quinta (30/03), e foi recepcionado, no aeroporto de Brasília, por vários parlamentares e seguidores.
Em seu retorno, negou ser o líder da oposição: “Quem faz a oposição são os parlamentares. Chego na condição de uma pessoa mais velha, experiente, que vai fazer expediente no partido, servir de consulta para quem assim o desejar.”
E ainda: “Vou dar minhas sugestões, ter uma linha direta com a liderança do partido na Câmara e no Senado. Nós não somos oposição, somos pró-Brasil. Queremos que o Brasil vá para frente. Não queremos que o Brasil afunde para aparecermos como salvador da pátria.”
Disse que irá percorrer o País: “Pretendo rodar pelo Brasil. Uma ou duas saídas por mês, no máximo três. Para a gente conversar com os nossos simpatizantes. Afinal de contas, o PL que eu estou, detém mais de 20% da Câmara e do Senado.”
E ainda: “Nós estamos focados na CPMI dos atos do dia 8 de janeiro. Nós lamentamos o ocorrido. Quem praticou os atos de vandalismo tem que ser culpado por isso. Os inocentes não justificam continuar presos. E tão pouco aqueles que já foram postos em liberdade mereciam aquilo tudo.”
Michelle – Falou sobre provável candidatura da esposa, Michelle: “Alguém lançou o nome dela e ela falou que não quer saber de cargo no Executivo. Até porque não tem a vivência. Ela é uma pessoa que não tem essa vivência política.”
E ainda: “Eu tive dificuldade para ser presidente mesmo com 28 anos de deputado federal. […] Para o Executivo ela não deseja não. Eu não vou proibi-la (de se candidatar), mas ela já adiantou pra mim.”
Processos – Também falou sobre os processos que enfrenta: “A questão do TSE, o advogado do partido está tratando desse assunto. Eu não vejo materialidade em nada. A ação mais forte contra mim é uma reunião com embaixadores em meados do ano passado. Por que?”
Por fim: “A política para tratar com embaixadores é prerrogativa minha. Não vejo motivo para me julgar inelegível por isso. Pressão criminal, é basicamente a CPI da Covid. A PGR tem pedido arquivamento de praticamente tudo.”