NO SERTÃO Funcionários acusam empresa que terceiriza mão de obra para o Estado de atrasar salários e demitir sem justa causa
O assunto parece recorrente. O fato é que funcionários da empresa Saile Serviços de Locação de Mão de Obra estão denunciando atrasos nos pagamentos dos salários, sem explicação por parte dos administradores. Mais que isso: algumas pessoas que reclamaram dos atrasos terminaram sendo demitidos.
A empresa presta serviços terceirizados ao Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Educação do Estado, para suprir mão de obra em escolas da rede estadual, e são contratados para diversas funções. O problema são os atrasos constantes no pagamento da folha, dentre outras irregularidades, segundo denúncia de trabalhadores.
Ainda revoltado com sua demissão, o trabalhador Leandro Soares de Medeiros, que estava prestando serviços na empresa Saile, como inspetor de estudantes, na Escola Estadual Coriolano de Medeiros, em Patos, decidiu tornar pública a situação enfrentada por ele e por outros trabalhadores.
Um caso – O inspetor Leandro Soares foi demitido neste início de julho de 2024 após quatro anos prestando serviços a Saile. Ele relatou que vinha reclamando dos constantes atrasos nos salários, irregularidades nas férias e outros desrespeitos às leis trabalhistas.
Então, no início de julho, a empresa fez uma advertência por “indisciplina no trabalho”. Leandro relatou que foi obrigado a assinar a advertência, mas alguns dias depois acabou sendo demitido. O trabalhador lamentar que o Governo do Estado mantenha uma empresa inadimplmente como terceirizada.
Mais casos – Em janeiro último, também houve um problema com a empresa, com respeito ao pagamento do 13º salário. Na oportunidade, a Saile alegou que os problemas foram ocasionados pelo banco. Até o momento, a empresa não se posicionou sobre as denúncias.
Em maio último, o Ministério Público realizou inspeção na Escola Cidadã Integral Técnica ‘Nossa Senhora do Bom Conselho”, em Princesa Isabel, e constatou irregularidades relacionadas à insuficiência de funcionários contratados pela Saile e consequente precariedade nas condições de funcionamento da cozinha.