NOIVA COBIÇADA Cícero e Efraim disputam passe de Pedro para vice, mas e se ele decidir disputar novamente?

Bom de urna nas eleições de 2022, quando foi pro 2º turno contra o governador João Azevedo (PSB), então reeleito, Pedro Cunha Lima perdeu, mas obteve mais de um mihão de votos e mostrou fôlego. Agora, para 2026, Pedro novamente está na bolsa de apostas, meu caro Paiakan, mas como eventual candidato… a vice-governador.

Pelo menos no desejo do prefeito Cícero Lucena (indo pro MDB) e o senador Efraim Filho (UP). Cícero e Efraim disputam, cada um com as armas de que dispõem, a possibilidade de atrair o apoio do grupo Cunha Lima, ai incluídos Pedro e Cássio, como aporte para a formatação da chapa. Até porque, pelo menos a julgar pelas últimas pesquisas, Pedro figura bem na disputa ao Governo, mas atrás de Cícero e Efraim.

Efraim evoca a parceria que vem de 2022, quando formou chapa com Pedro e se elegeu senador. Um dado suplementar é o fato de Efraim já ter fechado com o bolsonarismo. Ou seja, pretende ser o representante da direita na campanha. Talvez não seja o cenário que Pedro deseja.

Cícero aposta na recente recomposição com o grupo Cunha Lima, de quem se distanciou desde a eleição de 2010, quando Cássio decidiu apoiar Ricardo Coutinho, preterindo sua candidatura ao Governo. O caso deixou sequelas. Mas, Cícero também assumiu o lado petista. Sua recente reunião com Zé Dirceu foi emblemátioca. Mais uma vez, este talvez não seja a opção de Pedro para o pleito do próximo ano.

Pedro, a julgar por suas declarações mais recentes, quer distância tanto de Bolsonaro, quanto de Lula. O que, no imaginário político pode ser uma sinalização pró governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Até porque o seu partido, o PSD, tem em seu principal liderança, o secretário Gilberto Kassab, um dos defensores de uma candidatura mais ao centro, o que favorece Tarcísio, na hipótese dele ser candidato.

Dito isso, meu caro Paiakan, não será de todo surpreso se Pedro, ancorado por Kassab, decida disputar novamente o Governo, no caso de Tarcísio ser candidato a presidente. E, neste caso, as oposições na Paraíba marchariam com três candidatos: Cícero, Efraim e Pedro. A menos que um dos dois flexibilize suas posições ideológicas, para acomodar o centrismo de Pedro.