NOVAS REVELAÇÕES Escritório de advogado de Ricardo Coutinho teria sido usado para repasse de propina da Cruz Vermelha
A cada momento novas revelações vão desenhando a geografia daquele que já é considerado o maior esquema de corrupção da Paraíba e, certamente, um dos maiores do País, afinal a quadrilha que comandou suas operações mobilizou mais de R$ 1,7 bilhão. A mais recente vem da delação do ex-assessor Leandro Nunes Azevedo, envolvendo o advogado Saulo Pereira Fernandes.
Saulo foi um dos alvos da 3ª fase da Operação Calvário, com mandados de busca e apreensão em sua casa, em Niterói (RJ). Mas, o detalhe, segundo Leandro é que ele foi um dos primeiros operadores da propina da Cruz Vermelha gaúcha. E que, atenção, muitas vezes, utilizava o escritório do também advogado Francisco das Chagas Ferreira para a transação de dinheiro.
Identificou, inclusive, que o escritório funcionava à Av. Fernando Luís Henrique dos Santos, no bairro do Bessa. O detalhe foi o Ministério Público já ter identificado que a organização social ABBC, certamente por mera coincidência, havia contratado Francisco, conhecido advogado particular do ex-governador Ricardo Coutinho, constituído especialmente para ações contra jornalistas. A OS recebeu mais de R$ 93 milhões do Estado em sua gestão.
Chagas também foi um dos advogados do jurídico da campanha de João Azevedo nas eleições de 2018, e tinha uma ligação estreita com o secretário Waldson de Sousa (Planejamento), coordenador da campanha, e também um dos implicados na Operação Calvário. As revelações repercutidas no programa Intrometidos desta quinta (dia 14).
Com paraibaradioblog.com