NOVO REVÉS Ministra nega mais um pedido do Padre Egídio para deixar presídio do Valentina
O Padre Egídio acaba de sofrer novo revés no Judiciário. A ministra Cármen Lúcia (Supremo Tribunal Federal) negou, nesta quarta (17/01), um novo pedido de habeas corpus, impetrado por seus advogados, para deixar o Presídio do Valentina.
Em seu despacho, a ministra observou que a sua prisão não se deu de forma ilícita, e que, neste caso, o pedido de prisão domiciliar não é admissível. O padre foi preso por suspeita de comandar um esquema de desvio de recursos públicos do Hospital Padre Zé.
Despacho – Em seu despacho, a ministra disse não “haver ilicitude na manutenção da prisão preventiva, demonstrando-se supressão de instância se este Supremo Tribunal Federal realizasse o exame per saltum da matéria questionada.”
E ainda: “Quanto ao pleito de prisão domiciliar, este não foi analisado pelas instâncias anteriores, sendo imprescindível, para tanto, a análise das condições pessoais do paciente, não devendo este Supremo Tribunal se manifestar originariamente a respeito.”
Histórico – O STJ já se posicionou, anteriormente, em novembro, o ministro-relator Teodoro Silva Santos já havia negado o pedido de liberdade ao padre. Poucos dias depois, em 4 de dezembro, o desembargador Ricardo Vital também negou pedido similar.
Então, no último dia 8 de janeiro, os seus advogados voltaram a recorrer ao Supremo Tribunal Federal. Nesse novo pedido, que será julgado em fevereiro, sua defesa alegou problemas de saúde do padre, e o risco dele seguir preso na Penitenciária Especial do Valentina de Figueiredo,
Escândalo – O Padre Egídio foi apontado, nas investigações do Gaeco (Ministério Público), no âmbito da Operação Indignus, como cabeça de um esquema que desviou cerca R$ 140 milhões em recursos do hospital, durante a sua gestão.
Ainda segundo as investigações, o padre tinha a parceria com as ex-diretoras Jannyne Dantas, presa no Júlia Maranhão, e Amanda Duarte, que está em prisão domiciliar por estar amamentando uma bebê de quatro meses.