O bateu, levou entre RC e Agra
Há poucos dias, o Governo do Estado quase inviabilizou a Festa das Neves de 2012, após os Bombeiros determinarem que os barraqueiros teriam de adquirir um extintor de incêndio, por mais de R$ 150, para poder funcionar nos dias da festa. Foi água na fervura.
Foi preciso a intervenção da Prefeitura de João Pessoa, amparando os barraqueiros com o fornecimento de equipamentos, para evitar uma debandada geral. A festa apresentou outros problemas, como os relativos à insegurança, mas o evento sobreviveu.
Na tarde desta terça-feira (dia 7), após denúncia anônima, funcionários da Vigilância Sanitária de João Pessoa, decidiu interditar o centro de odontologia do antigo Ipep. Foram muitas as irregularidades encontradas no local, operando em péssimas condições.
São dois episódios que, aparentemente, não guardam qualquer relação. Mas, que tal a indagação: caso o governador Ricardo Coutinho e o prefeito Luciano Agra estivessem, digamos, de bem será que haveria o problema dos Bombeiros com os barraqueiros?
A mesma pergunta pode ser repetida no caso do serviço de odontologia do Ipep. Haveria a intervenção se RC e Agra ainda fossem aliados? Da mesma forma, haveria tantas demissões, como as que ocorreram nos últimos dias, de lado a lado se os dois ainda fossem aliados?
Agora, uma vez que as águas aparentam estar divididas, por que o prefeito não aproveita para esclarecer de quem foi a culpa pelo escândalo do Jampa Digital? Seria muito pedagógico abrir a caixa preta do Caso Cuiá? Nos dois casos, a culpa seria apenas de Agra?
Agra também poderia vir a público explicar por que transformou a Prefeitura num balcão de negócios, conforme denunciou RC. Enquanto esses e outros assuntos desse calibre permanecerem nebulosos, vai ficar sempre a impressão de que, apesar das pequenas trocas de farpas, só se enfrentam em questões cosméticas.