“O ciclo do governador está chegando ao fim”, diz secretário
“O que verificamos hoje na Paraíba é que o ciclo do governador Ricardo Coutinho está chegando ao fim. Isso é claro. Então, vamos aguardar o que virá depois”. Declaração foi dada pelo secretário Josival Pereira (Comunicação, João Pessoa). O jornalista diz que não se trata de qualquer avaliação crítica ao governador, mas “de uma constatação óbvia”.
E pontuou: “Ele pode ir até o final do mandato, ou não. Não importa. Se deixar o Governo em abril do próximo ano, como muitos supõem, para ser candidato ao Senado, abreviará o final de sua gestão. E poderá ser um ator importante na eleição de 2018, na condição de candidato. Tem as credenciais pra disputa. Se não for candidato, poderá interferir na eleição, mas na condição de estar em fim de Governo.”
Dentro dessa lógica, o que virá depois desse ciclo RC? Bem, o cenário projeta a possibilidade de uma união das oposições em torno de um projeto único. Algo que, a preço de hoje, coloca o prefeito Luciano Cartaxo numa condição política bem mais confortável do que, por exemplo, os senadores Cássio Cunha Lima e Zé Maranhão, ou o prefeito Romero Rodrigues.
Se as oposição sinalizam pela unidade, na seara ricardistas reinam muitas incertezas. A partir de seu candidato ao Governo. Depois de testar nomes como o senador Raimundo Lira e os deputados Veneziano e Gervásio Filho, o governador se volta para o seu próprio umbigo e, novamente, ensaia uma performance em torno do secretário João Azevedo (Infraestrutura).
Talvez imagine que, ao longo de 2017, poderá catapultar a qualidade eleitoral de João, o que não conseguiu em 2016, na disputa pela Prefeitura, como se viu. O detalhe, nesse caso, é como o governador não acredita na sua vice, Lígia Feliciano, como um quadro em potencial para a disputa. Talvez haja, na verdade, fadiga de material e esse seja já um dos sintomas do fim do ciclo.