O PEN e a bancada ecológica R+10
A esta altura do campeonato não é mais novidade que a bancada do PEN está nascendo na Assembleia para formar a ecologia política do presidente Ricardo Marcelo. As últimas conferências realizadas em meio ambiente propício revelam a formação de fauna e flora com provavelmente onze espécimes deputados. Ricardo e (talvez) mais dez.
Uma bancada de peso, capaz de estragar a camada de ozônio do Governo Ricardo Coutinho. Pode até não ser uma bancada de oposição, mas, com certeza, governista não é. Se fosse para constituir uma nova bancada governista, não precisariam sair do habitat protegido em que se encontram, correndo os riscos de retaliação por tarde do governador.
De qualquer modo, é uma bancada que, a partir de agora, poderá decidir qualquer votação. A favor ou contra. De prima, a bancada governista sofre os desfalques de Branco Mendes e Zé Aldemir (Dem), Ricardo Marcelo (PSDB) e Edmilson Soares (PSB). Poderá perder ainda João Gonçalves (PSDB) e João Henrique (Dem), que estão analisando.
A oposição cedeu Janduhy Carneiro (PPS), o licenciado Aníbal Marcolino e o interino Mikika Leitão (PSL) e Toinho do Sopão (já filiado). Trócolli Júnior ainda está indeciso. Vituriano de Abreu deve permanecer no PSC. Portanto, fazendo as contas, o PEN já teria, a preço de hoje, oito deputados certos (um suplente). Mas, que poderá chegar a onze com os indecisos.
Resumo da ópera: com uma ecologia desse porte, o partido, não apenas tem combustível sustentável para lastrear uma eventual candidatura de Ricardo Marcelo a senador, em 2014, como poderá desequilibrar de vez o jogo de forças da Assembleia. Será capaz tanto de aumentar o efeito-estufa para o governador ou transformar a oposição em combustível fóssil.