O que dizem as pesquisas ao Governo para Cássio, RC e Veneziano?
A temporada de pesquisas chegou e com ela interpretação para todos os gostos dos números até agora apresentados. Bem, a considerar como verdadeiras as estatísticas divulgadas de vários institutos, dá pra tirar algumas conclusões, ainda que de forma empírica, afinal a maratona para as urnas de outubro está apenas começando.
Mas, alguns dados saltam aos olhos. O governador Ricardo Coutinho, por exemplo, está oscilando um pouco acima dos 20%, ou perto de um quarto do eleitorado até agora definido. Vamos combinar, um número aquém do esperado. Afinal, é comum os governadores no poder estarem, a esta altura da proximidade do pleito, com pelo menos um terço.
O senador Cássio Cunha Lima que, após toda a via crucis do seu processo de cassação, ganhou uma espécie de canonização junto ao eleitorado, apresenta um percentual pouco acima dos 40% (que ironia!). A verdade é que a expectativa criada em torno do seu nome sugeria que, apesar de liderar a corrida com folga, apresentasse percentuais mais avantajados.
Também se esperava números mais em conta para o ex-prefeito Veneziano. Pelas pesquisas divulgadas, o peemedebista varia em torno de 12% a 14%. Veneziano talvez sofra ainda o recall negativo pelo desfecho de sua administração e todos os problemas que foram explorados à exaustão pelos seus adversários. Mas, são números ainda modestos.
Quem pode crescer
O governador RC tem bala para crescer, afinal tem a máquina e todo o fascínio que ela oferece para aliados e simpatizantes. Mas, talvez não tenha o potencial de crescimento necessário para acuar seus adversários. Sua rejeição elevada sugere que o socialista tem um claro limite para avançar. Certamente não será 40 em quatro.
O senador Cássio, aparentemente, atingiu seu teto na casa dos 40%. É de todos os candidatos o mais conhecido dos paraibanos. Por isso, a leitura de que, a esta altura do campeonato, deveria estar com um percentual maior, acima dos 50%, porque certamente é, dos três, o que tem mais a desidratar ao longo da campanha, que não será fácil.
O ex-prefeito Veneziano é o que apresenta as melhores condições para crescer, está claro. Tem rejeição inferior ao governador, e pode acrescentar muita substância à sua candidatura, caso se confirme a aliança, já em primeiro turno, com o PT e demais partidos que orbitam na base da presidente Dilma, e que, pelo menos em tese, fazem oposição a Ricardo.
Está só começando
Mas, a verdade é que o jogo está apenas começando. Algumas definições precisam ocorrer, sobretudo quanto às alianças que serão montadas. Então se verá quem irá largar com chances reais, a partir das convenções. Porém, dá para presumir, a preço de hoje, que a tendência será uma disputa pelo segundo entre Ricardo e Veneziano, nos primeiros momentos da campanha.