O sol do meio dia
Uma de minhas maiores satisfações como profissional de Imprensa sempre foi o convívio diário com o público consumidor de meu trabalho. Eu me refiro a essas pessoas que liam, assistiam, comentavam e até me criticavam, como é habitual numa relação, digamos, republicana.
Eu me habituei a elas. E em quantas ocasiões não pugnei por ideias que julgava oportunas, às vezes até de forma temerária? Em quantas oportunidades não adotei uma causa, em nome dessa relação de respeito com o ideal democrático, que pressupõe convivência dos contrários?
Seria, portanto, desnecessário falar de minha frustração, nos últimos meses, quando me vi impedido de seguir interagindo com esse público e, especialmente, de cumprir a missão de informar. Ou, mais particularmente ainda, de emitir uma opinião com o necessário destemor.
Este é o espírito que inspira meu retorno ao batente. Espero, a partir do sol desse meio dia de segunda-feira, poder retomar esse convívio e prosseguir uma militância precocemente interrompida. Espero, mais ainda, corresponder a todos quantos apostaram em meu trabalho profissional.