OPERAÇÃO CALVÁRIO Livânia interrompe depoimentos no Gaeco para se submeter a exames médicos
A ex-secretária Livânia Farias, que se encontra presa no destacamento policial em Cabedelo, desde 16 de março, teve que se submeter a uma bateria de exames médicos, há poucos dias, enquanto era ouvida em alguns PICs (Procedimentos de Investigação Criminal), no âmbito da Operação Calvário. São várias oitivas programadas pelo Gaeco (Ministério Público da Paraíba) com a ex-secretária.
Contra Livânia pesam duas prisões. A primeira pelo crime de lavagem de dinheiro, que, inclusive, resultou no sequestro de parte de seus bens, especialmente uma residência adquirida em Sousa, no valor de R$ 400 mil, paga em duas parcelas com dinheiro em espécie. Também um veículo BMW, de R$ 200 mil. Todos os bens supostamente adquiridos com dinheiro de propina da Cruz Vermelha gaúcha.
Poucos dias depois, durante audiência de custódia, a Justiça decretou nova prisão de Livânia, por conta do desvio dos R$ 900 mil, que foram recebidos, em seu nome, pelo seu ex-assessor Leandro Nunes Azevedo, num hotel do Rio de Janeiro. O dinheiro foi repassado por Michele Louzada Cardozo, secretária particular de Daniel Gomes, considerado o chefe da quadrilha, segundo a força tarefa da Operação Calvário.
Advogados impetraram habeas corpus, na tentativa de liberar Livânia da prisão, e foram encaminhados pela juíza Andréa Gonçalves (5ª Vara Criminal) para parecer do Ministério Público do Estado, desde 8 de abril. Na mesma decisão, a magistrada tornou, não apenas Livânia ré, mas vários de seus familiares.