OPERAÇÃO CALVÁRIO Quem será o secretário da Paraíba ligado também ao esquema de propina de Goiás?
O escândalo da Cruz Vermelha gaúcha insiste em pautar o noticiário e, pelo visto, vai se demorar na praça ainda com algumas pautas bomba. Nas últimas horas, por exemplo, o Blog recebeu informação de que um secretário de Estado, estaria na conexão com a ramificação do escândalo, não mais apenas no Rio de Janeiro, mas também em Goiás.
Não há muitos detalhes, mas especula-se sobre um esquema envolvendo, inclusive, veículos oficiais. Sem mais dados, o caso circula vagamente entre integrantes da força-tarefa da Operação Calvário. Já haveria comprovantes como passagens, fotografias em eventos sociais, dentre outro elementos sujeitos a investigação.
Importante destacar que, no anúncio da Operação Calvário, em 14 de dezembro, havia sinalizações de que a quadrilha operava em três Estados: Paraíba, Rio de Janeiro e Goiás. Segundo o Ministério Público, eram superfaturados os contratos da Cruz Vermelha gaúcha com empresas fornecedoras alimentação, limpeza, engenharia clínica, portaria e laboratórios de análise clínica.
Somente na Paraíba, a Cruz Vermelha gaúcha faturou cerca de R$ 1 bilhão, desde julho de 2011, quando contratada pelo ex Ricardo Coutinho, tendo o secretário Waldson de Sousa (então na Saúde) como gestor da operação, e a secretária Livânia Farias (Administração), como responsável pela contratação da Organização Social.
Crescimento escandaloso – Quando Zé Maranhão o governo, em dezembro de 2010, o Hospital de Trauma era gerido por pouco mais de R$ 4 milhões. De cara, o governo RC contratou a Cruz Vermelha gaucha por R$ 8,2 milhões.
Desde então, o valor só tem aumentado. Em agosto último, os valores mensais já ultrapassavam R$ 12,2 milhões e os valores totais repassados já somavam mais de R$ 822 milhões. O contrato foi renovado e seguirá durante o futuro governo João Azevedo.
Doação de campanha – O detalhe foi a revelação de que Jaime Gomes da Silva, um parente bem próximo de Daniel, por uma razão ainda não explicada, doou R$ 300 mil ao então candidato Ricardo Coutinho na eleição de 2010. Atenção: em julho do ano seguinte, a Cruz Vermelha gaúcha fechou o contrato com seu governo.
Cabeça – Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro a organização criminosa infiltrada na Cruz Vermelha gaúcha é comandada por Daniel Gomes da Silva, ex-dirigente de uma empresa de ambulâncias, que já possui uma condenação criminal em primeira instância, pelo crime de peculato, por um contrato com valores superfaturados para o serviço de manutenção de ambulâncias à Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro.