OPERAÇÃO CALVÁRIO Sobrinho do ex Ricardo Coutinho contratado do Sebrae também recebeu R$ 80 mil de organização social
Em junho do ano passado, o promotor Ádrio Nobre abriu um procedimento investigatório, ante denúncias de que o Sebrae teria nomeado várias pessoas ligadas diretamente ao então governador Ricardo Coutinho, num pretenso nepotismo cruzado. Foram citados Paulo César Dias Coelho Filho (sobrinho de RC), Juliana Régis Araújo Coutinho (sobrinha) e Ricardo Cerqueira Leite Vieira Coutinho (filho).
O Ministério Público promoveu o inquérito, mas o promotor, ao final, decidiu arquivar a denúncia alegando ausência de provas de irregularidades nos contratados. Ou seja, apesar de guardarem parentesco com o ex-governador, não foram encontrados indícios de que eventualmente estavam recebendo seus vencimentos sem trabalhar, que era a principal denúncia.
Mas, a divulgação do inquérito e dos nomes terminou suscitando novas revelações, conforme atestou o jornalista Marcelo José em seu blog (mais em https://goo.gl/7aVYom). Primeiro, o fato de uma empresa de Paulo Coelho Filho ter sido contratado por R$ 80 mil pela organização social Gerir, que terceirizou a Maternidade Peregrino Filho.
O detalhe foi que auditores do Tribunal de Contas do Estado descobriram que a prestação de serviço não foi comprovada. Conforme os auditores, “a título de informação a empresa contratada foi constituída há 13 meses, com capital social de apenas R$ 20.000,00 e faturando 4 vezes o valor do próprio capital em 9 meses (período auditado). Desta forma, entende serem ilegítimos e irregulares os dispêndios verificados em 2018, no valor total de R$ 80.000,00”.
Até onde o Blog pode apurar, o caso terminou retornando ao Ministério Público, e a documentação, incluindo contratos com o Sebrae e também com o Instituto Gerir passaram a ser investigados pela força tarefa da Operação Calvário.
CONFIRA A ÍNTEGRA DO Caso Sebrae inquérito