OPERAÇÃO ESCOLIOSE Força-tarefa cumpre 24 mandados contra cartel que operava esquema fraudulento de cirurgias ortopédicas
Uma força-tarefa, integrada pelos Gaecos de Paraíba e Rio Grande do Norte, além do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), deflagrou, na manhã desta terça (26/07) a Operação Escoliose para apurar uma organização criminosa suspeita de atuar no comércio de órteses, próteses e materiais especiais, usados em cirurgias ortopédicas.
A operação cumpriu 24 mandados de busca e apreensão em João Pessoa e Campina Grande, na Paraíba, além de Natal (RN), Recife e Camaragibe (PE).
De acordo com as investigações, duas advogadas e um médico ortopedista são suspeitos de participarem do esquema fraudulento, juntamente com sócios e funcionários de empresas de fornecimento do material cirúrgico.
Esquema – De acordo com a investigação, iniciada em 2019, o grupo, por meio de articulação ilícita, criava demandas judiciais com o direcionamento de cirurgias emergenciais de escoliose. Na judicialização, eles obtinham vantagem econômica fraudulenta por meio do superfaturamento.
No período inicialmente investigado, as duas advogadas suspeitas ingressaram com pelo menos 46 processos judiciais, entre ações com pedido liminar e mandados de segurança. Foi pago um valor de R$ 7.443.282,53 pelo Estado do Rio Grande do Norte para custeio das cirurgias ortopédicas.
Desses 46 processos, 42 cirurgias foram realizadas pela clínica de propriedade do médico investigado. Essa clínica era utilizada para a realização de reuniões do médico e advogadas com os pacientes.
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