OPERAÇÃO FAMINTOS Justiça afasta secretários de Campina e 14 pessoas terminam presas
Foi peremptória a decisão do juiz Vinicius Costa Vidor (4ª Vara da Justiça Federal), no âmbito da Operação Famintos, ao determinar, nesta quarta (dia 24) a prisão de 14 pessoas, a maioria integrante da prefeitura de Campina Grande. Atingiu servidores e especialmente o secretário Paulo Roberto Diniz (Administração) e Iolanda Barbosa (Educação). Eles teriam participação direta nos ilícitos.
Segundo o magistrado, “as interceptações telefônicas também evidenciaram a participação direta de Iolanda Barbosa da Silva e Paulo Roberto Diniz nas fraudes e contratos vinculados à Secretaria de Educação, notadamente no que se refere aos contratos firmados com Frederico de Brito Lira”. Iolanda teve a prisão temporária decretada pela Justiça. Já Paulo Roberto foi afastado das funções.
Presos – No núcleo de Campina Grande foram presos: Arnóbio Joaquim Domingos da Silva, Flávio Souza Maia, Frederico de Brito Lira, Iolanda Barbosa da Silva, José Lucildo da Silva, Josivan Silva, Kátia Suênia Macedo Maia, Luiz Carlos Ferreira de Brito Lira, Marco Antonio Querino da Silva, Renato Faustino da Silva e Severino Roberto Maia de Miranda.
Empresas – dentre as empresas envolvidas no escândalo, constam: Frederico de Brito Lira ME, Nutri Comercial LTDA EPP, Casa da Carne Campinense LTDA, Delmira Feliciano Gomes ME, Rosildo de Lima Silva EPP e Renato Faustino da Silva ME, no primeiro núcleo e Arnóbio Joaquim Domingos da Silva EPP, Billy Kent Comércio de Estivas LTDA, J da Silva Alimentos ME, Kátia Suência Macedo Maia EPP, Severino Roberto Maia de Miranda EPP e Marco Antônio Querino da Silva EPP no segundo núcleo.
Operação – As investigações iniciaram a partir de atuações do MPF, que relatou a ocorrência de irregularidades em licitações na prefeitura, através da contratação de empresas fictícias. No curso das investigações, constatou-se que, desde 2013, ocorreram contratos sucessivos, que atingiram um montante pago de R$ 25 milhões.
Além da merenda escolar, incluíam o fornecimento de material de higiene e de limpeza para outras áreas de governo. Segundo a CGU, durante auditoria realizada para avaliar a execução do PNAE no município, foi detectado prejuízo de cerca de R$ 2,3 milhões, decorrente de pagamentos por serviços não prestados ou aquisições de gêneros alimentícios em duplicidade no período de janeiro de 2018 a março de 2019.
Outros – Além dos presos em Campina Grande, também foram presos Gabriella Coutinho Gomes Pontes e Helder Giuseppe Casulo de Araújo, em João Pessoa, afora Rosildo de Lima Silva, em Massaranduba.