OPERAÇÃO LIVRO ABERTO Políticos citados negam envolvimento com esquema de propina na gestão Ricardo Coutinho
O final da manhã foi de agitação, especialmente, no meio político, após a deflagração da Operação Livro Aberto. Alguns dos citados pela Polícia Federal, por suposto envolvimento em ilícitos, reagiram negando participação no esquema, que, segundo o Gaeco, envolvia o pagamento de propinas a agentes políticos, a partir de licitações fraudulentas.
Em nota, o deputado Branco Mendes (Republicanos) disse estar “à disposição para cooperar integralmente com as investigações sobre contratos formalizados pela Secretaria de Estado da Educação no ano de 2018”, e ainda pontuou que em cinco mandatos de deputado e presidente da Câmara de Alandra, “não há uma só mácula”: “Mais que uma ficha limpa, tenho uma vida transparente, sem nenhuma nódoa sequer.”
O ex-deputado e atual secretário Lindolfo Pires (Juventude, Esporte e Lazer) disse estar tranquilo: “Eu não me encontro na Paraíba e nem sei né, qual é o motivo, qual foi o objetivo claro e fato determinado, para que isso pudesse acontecer, já que eu estou com a consciência absolutamente tranquila, de não ter cometido nenhum fato e nenhuma irregularidade. E tem aquele ditado, quem não deve, não teme.”
Já o deputado Tião Gomes (PSB) declarou: “Nós que somos políticos estamos sujeitos a tudo. Não tive busca e apreensão, apenas me citaram em um caso que eu nem lembro mais o que aconteceu, eu não tenho ideia. Tenho as minhas mãos limpas e tenho procurado conservá-las dessa maneira.”
Por fim, a Secretaria de Educação do Estado externou que não irá se pronunciar sobre o caso, uma vez que as investigações remontam de 2018, ou seja, na gestão anterior, de Ricardo Coutinho.
Operação – A Operação Livro Aberto, desencadeada a partir das investigações remanescentes da Calvário, conduzida pelo Gaeco, investiga indícios de fraude à licitação, desvio de recursos públicos, corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro, relacionados a contratos formalizados pela Secretaria de Educação, em 2018, durante a gestão de Ricardo Coutinho.
Na manhã desta terça (11/06), a Polícia Federal cumpriu 12 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça, além da indisponibilidade de bens, valores, dinheiro e ativos dos investigados visando recompor o erário público em valores que superam R$ 4 milhões.