OPERAÇÃO OMBRO A OMBRO Justiça bloqueia R$ 4 milhões de Vital do Rego e PF cumpre 15 mandados de busca e apreensão na Paraíba e Brasília
O ministro Vital do Rego (Tribunal de Contas da União) está de novo no olho do furacão, com a deflagração da Operação Ombro a Ombro, que é um desdobramento da Lava Jato (73ª fase). Na manhã desta terça (dia 25), a Polícia Federal realizou 15 mandados de buscas e apreensão em Brasilia, Cabedelo, Campina Grande e João Pessoa, em imóveis de Vital, após a Justiça determinar o bloqueio de R$ 4 milhões em bens do ex-senador paraibano.
A Operalção Ombro a Ombro investiga o pagamento de propinas para que empreiteiras fossem blindadas em investigações na CPI da Petrobrás, da qual Vital do Rego foi presidente EM 2014, antes de deixar o Congresso para assumir a vaga no TCU. Segundo o Ministério Público Federal, propinas foram paga pela OAS, conforme delação premiada do ex-executivo da empresa, Léo Pinheiro.
As propinas, de acordo com as investigações, foram pagas por uma empreiteira por meio de doações ao PMDB e por repasses a empresas sediadas na Paraíba. Em seu despacho, a juíza federal Gabriela Hardt (Curitiba) informou que, por solicitação do MPF, os mandados de buscas deveriam ser direcionados “à estação de trabalho ocupada por Alexandre Almeida no gabinete de Vital do Rego no TCU”.
Durante a CPI – Segundo o MPF, “fora das dependências do Congresso Nacional, sem registro e às escondidas, Vital do Rego e Gim Argello, naturais investigadores, apresentaram aos seus investigados, no caso Léo Pinheiro e Júlio Camargo propostas de obstrução dos trabalhos da Comissão, que incluíam a ausência de convocação dos empresários para prestarem depoimento e a elaboração do relatório final sem referência às empreiteiras e seus
executivos“.
Investigações – Conforme as investigações, teriam sido celebrados contratos fictícios da OAS com a empresa Câmara e Vasconcelos para viabilizar a entrega de R$ 2 milhões em espécie em benefício de Vital, então candidato a governador. Houve ainda e a celebração de contrato superfaturado pela empreiteira com a Construtora Planície para o repasse de R$ 1 milhão.
Assim, recursos indevidos pagos pela OAS à Câmara e Vasconcelos e à Construtora Planície foram repassados a Alex Antônio Azevedo Cruz, Alexandre Costa de Almeida, João Monteiro e Dimitri Chaves Gomes Luna, todos diretamente ligados a Vital. Na OAS, houve a participação ativa de dois ex-executivos da empresa ligados ao setor específico da empreiteira para pagamentos de propina, denominado “controladoria”.
Vital – Em nota à Imprensa, o ministro disse que causou “estranheza e indignação o fato de que a denúncia nasceu de um inquérito, aberto sem autorização do STF, Corte esta que ainda aprecia recurso contra a remessa da investigação para Curitiba/PR, em uma clara usurpação da competência do Supremo Tribunal Federal”.