OPERAÇÃO RETOMADA Gaeco deflagra nova fase e investiga fraudes em aposentadorias de mais de R$ 126 milhões

Eis que o Gaeco (Ministério Público) retoma suas atividades com força. O grupo deflagrou, na manhã desta sexta-feira (16/05) uma nova fase da ação da Operação Retomada, que investiga fraudes em aposentadoria na Paraíba. Ao todo, estão sendo cumpridos seis mandados de busca e apreensão.

Nesta segunda fase, os mandados judiciais foram cumpridos nas cidades de João Pessoa, Cabedelo, Sapé, além de uma localidade no Estado de São Paulo. A Controladoria-Geral da União e a Polícia Civil também participam da ação.

Estima-se que o prejuízo chegue a R$ 126 milhões contra 100 mil aposentados. Nesta segunda etapa, foi revelada a participação de um servidor do Poder Judiciário da Paraíba e de advogados na captação de nomes para figurarem como associados de entidades constituídas de forma fraudulenta.

Modus operandi – Por meio desses processos judiciais, os investigados buscavam obter decisões para realizar descontos indevidos nos benefícios previdenciários de aposentados e pensionistas de diversos órgãos públicos, incluindo o INSS.

Até o momento já foram identificadas 11 associações e entidades fraudulentas que moveram mais de 230 ações coletivas no Estado da Paraíba, atingindo mais de 100 mil aposentados e pensionistas de todo o país e descontos ilegais nos benefícios previdenciários que somam mais de R$126 milhões.

A operação, segundo informações do MInistério Público da Paraíba, mobilizou cinco promotores, 26 agentes do Gaeco, dois auditores da Controladoria-Geral da União e 15 policiais civis. Até o momento, mais de R$ 10 milhões já foram bloqueados em contas das associações investigadas.

Início – A primeira fase da operação foi deflagrada em 11 de dezembro de 2024. Saiba mais AQUI. 

Além das fraudes nos benefícios, o esquema atuava também em outras modalidades: liminares para “limpar o nome” de devedores sem quitar dívidas, suspensão de empréstimos consignados para liberar artificialmente margem para novos contratos (sem pagar os anteriores), e até manipulação de sistemas de milhas aéreas para reativar pontos vencidos e gerar lucro indevido aos envolvidos.